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Fisioterapia e exercícios físicos na luta contra o câncer!

Postado em 13 de outubro de 2016


Quando falamos em tratamento do câncer, logo associamos a oncologistas, quimioterapia e radioterapia. Acontece que o enfrentamento ao câncer vai muito além disso. São diversos fatores que, juntos, tornam o processo menos traumático e mais bem sucedido.

Já falamos aqui no Blog Vida em Equilíbrio sobre a importância da alimentação na prevenção e, também, no tratamento da doença. Além de uma dieta saudável, os exercícios físicos e a fisioterapia são grandes aliados na luta dos pacientes oncológicos, principalmente nos casos em que é necessário realizar cirurgias.

"Muitos estudos relacionam que pessoas sedentárias têm uma maior chance de desenvolver a doença com o passar do tempo", afirma a educadora física Catiane Souza, da Clínica Oncotrata. "Não necessariamente a prática da atividade física impede que a pessoa venha a desenvolver um câncer, mas certamente o corpo está mais preparado para responder a demanda que a doença vai trazer para o corpo", completa.

De acordo com a profissional, é muito comum após o diagnóstico de câncer a pessoa descuidar do restante do contexto corpo e voltar os cuidados apenas para a doença. Mas ela não deve ser um impeditivo para a realização das atividades físicas de rotina. "O indicado é que a pessoa mantenha-se fisicamente ativa, respeitando sempre os próprios limites, pois isso contribui no sentido de diminuir diversos sintomas da doença e do tratamento, como dores articulares, dificuldades para dormir e fadiga".

A atividade física também prepara o corpo para uma possível intervenção cirúrgica. "Quando o paciente tem uma boa condição cardiorespiratória, seu corpo está melhor preparado para enfrentar uma cirurgia mais longa e delicada", completa Catiane.

A fisioterapia, sempre associada ao tratamento e não a prevenção, entra no contexto câncer como uma aliada importante na manutenção da saúde corporal. "É importante ter o acompanhamento fisioterapêutico já no pré-operatório do câncer de mama, assim podemos avaliar a postura dessas pacientes e verificar o que é inerente a paciente e o que veio em decorrência do processo cirúrgico", afirma a fisioterapeuta Karoline Bragante, da Clínica Oncotrata. Segundo ela, é comum ocorrer variações temporárias, como alterações nervosas e posturais, acentuadas pelo próprio medo da paciente movimentar o braço. "É comum também realizarmos a perimetria dos membros previamente, para o caso de ocorrer inchaço após a cirurgia, conseguirmos controlar".

Após a cirurgia de câncer de mama, a fisioterapia trabalha, principalmente, a amplitude de movimento dos membros superiores. "Muitas vezes, após a cirurgia, a paciente tem um tempo "x" até iniciar sessões de radioterapia, e durante este tratamento ela precisa de um movimento amplo do braço", completa.

As reações ao tratamento de quimioterapia, como neuropatias periféricas, formigamentos, e alterações de sensibilidade nos pés e mãos, também podem ser amenizados através da fisioterapia. "Existe, ainda, uma síndrome dolorosa pós-mastectomia chamada de mama fantasma, mais conhecida como uma complicação de amputações de membros inferiores e superiores. Algumas pacientes referem que sentem agulhadas e dores nessa mama que foi retirada, o que pode ser tratado com a fisioterapia".

No caso dos homens que necessitam realizar cirurgia decorrente do câncer de próstata, as complicações mais comuns e que podem ser administradas através do tratamento fisioterapêutico, são a incontinência urinária e a disfunção erétil. "O urologista costuma encaminhar esses pacientes para uma reabilitação do assoalho pélvico, que é um conjunto de músculos localizado no fundo da bacia e que fazem a sustentação de vários órgãos".

Manter o corpo saudável é uma importante ferramenta de combate ao câncer, e, principalmente, fator indispensável ao tratamento. Contra o câncer, qualquer ajuda é essencial! Cuide-se!


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