Em setembro vamos falar sobre conscientização e prevenção do suicídio. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) aponta que a taxa de suicídios entre adolescentes que vivem nas grandes cidades brasileiras aumentou 24% entre 2006 e 2015. Os pesquisadores utilizaram dados do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A popularização da internet, as mudanças sociais e a falta de políticas públicas de combate ao suicídio estão entre as principais razões para esse aumento. A tecnologia e as redes sociais, por exemplo, têm aumentado a exposição ao ciberbullying, além de divulgar métodos de suicídio e promover a "romantização" dessas ações.
O estigma é um dos fatores que mais atrapalha as ações de prevenção. Muitas pessoas ainda associam depressão com fraqueza, falta de caráter, falta de fé etc. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, de 50% a 60% das pessoas que se suicidaram nunca consultaram um profissional de saúde mental.
Esses motivos reforçam a importância de campanhas como o Setembro Amarelo. A necessidade de discutir esse tema é notória e a democratização do assunto é o pontapé inicial na prevenção ao suicídio.